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Crescimento do e-commerce no Brasil em 2014 é baixo, e 2015 não deve surpreender





O Brasil vai fechar o ano de 2014 com o pior índice de crescimento do e-commerce no país nos últimos anos. Rodrigo Borer, CEO do Buscapé da América Latina, afirmou, em depoimento para o IDG Now, que esse número é de apenas 22%. Ele comenta que está antecipando o dado, mas que o resultado total não deve ficar longe disso.
Os números reais devem ser divulgados apenas nas primeiras semanas de janeiro, quando acontece a 31ª edição do evento Webshoppers. Segundo Borer, a maior responsável pela estagnação do consumo deste ano é a retração da economia. Ele também afirma que, ainda assim, os dados não são tão ruins quanto o do varejo tradicional. Isso significa que o brasileiro tem se controlado mais na hora de comprar.
Borer comenta que o ano já começou com incertezas, mas sabendo que seria um ano único: "O primeiro trimestre é um período tradicionalmente fraco de vendas. Com o Carnaval acontecendo mais tarde, foi um pouco pior. A Copa do mundo aqueceu um pouco o início do segundo trimestre, impulsionando as vendas de TVs e produtos correlatos ao evento, como camisas de time e bolas de futebol. E o Dia das Mães deu um fôlego maior ao período”, relata o executivo.
A Copa do Mundo foi uma época que registrou um bom faturamento, apesar de tudo. O valor alcançado foi de R$ 16 bilhões no primeiro semestre, sendo 26% a mais do que o mesmo período do ano passado. Borer acredita que depois do evento mundial a instabilidade econômica e as eleições fizeram com que o país se controlasse mais no consumo. Sendo assim, o que restou para os varejistas foi investir na Black Friday como uma antecipação das compras de Natal.
O e-commerce gerou um faturamento de R$ 5,9 bilhões no período de fim de ano, sendo um crescimento de 37% em relação a 2013. Segundo os dados do e-Bit, foram cerca de 15,2 milhões de encomendas com ticket médio de R$ 388.As compras via dispositivo móvel, o m-commerce, fecharam o ano de 2014 com participação de 9% a 10%, resultando no dobro do número do ano anterior. Borer relata que "em 2013, 12% das pesquisas de preço realizadas no Buscapé foram originadas em plataforma móveis. Este ano, 32%. E os smartphones respondem por 2/3 delas”, diz.
Para 2015, uma das metas é fazer com que o usuário se sinta seguro para cada vez mais fazer compras por meio de smartphones e tablets. Porém, Borer afirma que essas plataformas são mais seguras que o desktop, só falta o consumidor saber disso.

 

Fonte: IDG Now - 30/12/2014