Estudos já confirmaram que a internet faz bastante sucesso entre os consumidores brasileiros, que escolhem esse canal para comprar uma grande quantidade de itens, desde eletrônicos até produtos para o lar e roupas. Entretanto, por ser uma ferramenta relativamente nova no universo do consumo, vale a pena observar algumas dicas.
A internet atrai bastante, pois é possível consumir de forma mais cômoda e a preços mais atrativos. Aqui, porém, reside o primeiro mito. Nem sempre o e-commerce realmente oferece os melhores preços e a pesquisa de preços não perde a validade nesse ambiente.
“Os produtos não necessariamente são comercializados com os melhores preços”, ressalta a assessora técnica do Procon-SP, Marta Aur. A assessora ainda ressalta que o consumidor deve ter bastante cautela quando encontra produtos com descontos excepcionais, de 60%, 70% ou 80%. Ele deve se questionar se a empresa realmente terá condições de entregar, de atender a demanda e se não há nada de errado com o produto.
Descontos absurdos?
“Desconto absurdo não quer dizer que tem problema, mas deve ser motivo de cautela; Pode estar sinalizando que existe algo errado”, diz Marta. Mas os cuidados em relação à internet não param por ai. O consumidor deve sempre checar uma série de elementos para limitar qualquer risco de problema.
Caso esteja em dúvida sobre o site, cheque quem é o dono do domínio (.br) e quais os dados registrados. Ferramentas como o site Domain Tool (http://www.domaintools.com/) mostram quem é o dono do domínio, o e-mail registrado e o CNPJ, por exemplo. Além disso, no próprio site de e-commerce, antes de finalizar qualquer compra, certifique-se de que existem formas de contato com a empresa, além do e-mail.
Veja se há um telefone, e, de preferência, que não seja celular. O consumidor deve sempre pensar que na eventualidade de algum problema, ele terá que contatar a empresa. Caso o único canal de contato seja um e-mail, esse contato pode ser difícil.
As formas de pagamentos também podem sinalizam algumas coisas. De acordo com Marta, se houver apenas uma única forma de pagamento, principalmente, depósito bancário em nome de pessoa física, o consumidor deve ter muito cuidado.
Além disso, assim como a internet permite o consumo online, ela também ajuda os consumidores prevenidos. Nas redes sociais, nos sites de reclamação, é possível obter muita informação sobre as empresas e os produtos. O próprio Procon disponibiliza lista das empresas mais reclamadas.
Até onde vai o consumo via internet?
Mas além disso tudo, será que existe produtos que não devem ser consumidos pela internet, por conta do alto risco de frustração? Segundo a especialista, a grande questão não é o produto escolhido, mas se o consumidor é capaz ou não de entender as especificações dos itens.
No caso dos eletrônicos, por exemplo, embora os sites que comercializam esses produtos coloquem todas as especificações técnicas, nem sempre o consumidor é capaz de entender o que esses dados significam. Nesse caso, é importante procurar um vendedor. O mesmo acontece com as roupas ou calçados adquiridas via e-commerce, que apesar das especificações, o consumidor nem sempre consegue ter um bom entendimento.
De todo modo, é bom lembrar que a lei garante os 7 dias para troca por insatisfação ou arrependimento.